Guia para Iniciantes do Ubuntu Linux

Este gui foi retirado da comunidade Ubuntu Linux Brasil (Original: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=463106&tid=2562603270967596090)
Este guia foi criado com a intenção de facilitar a entrada de novos usuários no sistema Ubuntu Linux.
Baseado no Ubuntu 7.10 - Gutsy Gibbon, lançado em Outubro de 2007.
Por favor, não postem dúvidas neste tópico.

Requisitos do sistema

Desktop CD: Este é o mais recomendado. O Desktop CD permite que você teste o Ubuntu sem alterar em nada o seu computador, possui um botão para instalar no HD de forma gráfica.

Alternate CD: O Alternate CD permite que você instale o Ubuntu em modo texto.

O mínimo de memória necessária para o Ubuntu 7.10 é 384MB usando o Desktop CD e 256MB com o Alternate CD. O espaço mínimo ideal para instalação do Ubuntu seria de 4GB. Pode-se instalar com menos espaço, mas após sucessivas atualizações e instalações de novos programas, este espaço ficaria insuficiente.

Com apenas o mínimo de memória disponível, o processo de instalação será mais lento que o normal, mas será completado com sucesso, e o sistema funcionará normalmente depois de instalado. Sistemas com pouca memória podem ser capazes de usar o Desktop CD para instalar se digitarem only-ubiquity nas opções do boot. Isso fará com que apenas o instalador gráfico seja carregado, e não todo o desktop.

Adquirir um CD de instalação

1. Por download: Esta é a maneira mais simples, rápida e fácil de se obter o Ubuntu - o arquivo possui apenas 700MB para ser gravado em um único CD.

http://www.ubuntu-br.org/download

2. CDs gravados (comunidade): Veja aqui uma lista contendo o contato de usuários que estão distribuindo voluntariamente CDs do Ubuntu em todo o Brasil.

http://wiki.ubuntu-br.org/CDsNoBrasil

3. CDs gravados (ShipIt): A Canonical, empresa que patrocina o desenvolvimento do Ubuntu, possui um serviço de distribuição de CDs. Este serviço chega a você sem custo algum, embora gere uma série de despesas que poderiam estar sendo empregadas no desenvolvimento do sistema operacional.

http://shipit.ubuntu.com

Gravar e instalar o Ubuntu

Aqui iremos ver como proceder para gravar o arquivo de imagem ISO em um CD:
http://wiki.ubuntu-br.org/ComoGravarImagemIso

Este artigo mostra de forma ilustrada o processo de instalação:
http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=6489

OBS.: Caso tenha dúvidas em relação ao particionamento do HD, olhe esta página:
http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=5741&pagina=4

IMPORTANTE: Parece está ocorrendo um "travamento" na instalação em 82%, mas na verdade é o Ubuntu baixando as atualizações de segurança. O problema é que alguma vezes ele fica apenas procurando a rede e não a encontra. Para solucionar, desconecte o cabo de rede temporariamente.

Adicionar/Remover programas

Existem três métodos populares para esse processo, dois são gráficos.
Isso irá facilitar a compreensão desse guia e de vários outros na internet.

Aplicações > Adicionar/Remover...
Sistema > Administração > Gerenciador de Pacotes Synaptic

Através do terminal:

Para instalar: sudo apt-get install programa
Para remover: sudo apt-get remove programa
Para buscar: apt-cache search termos

Complementos à instalação

Ativar os repositórios: Para ter acesso a todos os pacotes disponíveis para o seu Ubuntu.

Sistema > Administração > Canais de Software

Marque todas as opções na aba "Programas do Ubuntu", menos a opção "Código Fonte".
Na aba "Atualizações", marque as atualizações de segurança e as recomendadas. Clique em Fechar.

Suporte completo ao idioma: Instala as traduções que faltam, como do Firefox e OpenOffice.

Sistema > Administração > Suporte a Idiomas

Se aparecer uma janela de aviso, clique em "Relembrar Mais Tarde".
Desmarque a opção English e marque a opção Portuguese. Clique em Ok.

Flashblock: Extensão do Firefox, para evitar problemas com alguns anúncios em Flash.
https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/433

Suporte multimídia: Suporte a áudio, vídeo e compactadores.
Também está incluído o Flash Player e o Java.

Aplicações > Acessórios > Terminal

Selecione o comando abaixo, e clique com o botão do meio do mouse para colar no Terminal.

sudo apt-get install -y x264 gqmpeg mp3gain mjpegtools libdvdread3 mpeg2dec vorbis-tools mpg321 mpg123 libswfdec0.3 libflac++6 ffmpeg cdda2wav toolame libmp4v2-0 lame lame-extras libmad0 libjpeg-progs libmpcdec3 libquicktime1 flac faac faad sox ffmpeg2theora libmpeg2-4 uudeview flac libmpeg3-1 mpeg3-utils mpegdemux liba52-0.7.4-dev a52dec esound gstreamer0.10-ffmpeg gstreamer0.10-fluendo-mp3 gstreamer0.10-fluendo-mpegdemux gstreamer0.10-gl gstreamer0.10-gnonlin gstreamer0.10-pitfdll gstreamer0.10-plugins-bad gstreamer0.10-plugins-farsight gstreamer0.10-plugins-ugly gstreamer0.10-sdl gstreamer0.10-plugins-bad-multiverse gstreamer0.10-schroedinger gstreamer0.10-plugins-ugly-multiverse rar unrar unace p7zip p7zip-full p7zip-rar libxine1-plugins libxine1-ffmpeg sun-java6-bin sun-java6-fonts sun-java6-jre sun-java6-plugin flashplugin-nonfree gsfonts gsfonts-x11

OBS.: Caso queira interromper o processo de download, pressione Ctrl + C.

Medibuntu: Este repositório instalará os codecs da Microsoft e permite a reprodução de DVDs encriptados.

Aplicações > Acessórios > Terminal

Cole os comandos a seguir, um por um.

echo "# Repositório Medibuntu" | sudo tee -a /etc/apt/sources.list
echo "deb http://packages.medibuntu.org/ gutsy free non-free" | sudo tee -a /etc/apt/sources.list
wget -q http://packages.medibuntu.org/medibuntu-key.gpg -O- | sudo apt-key add -

sudo apt-get update
sudo apt-get install -y w32codecs libdvdcss2

Em sistemas 64bits, pode-se instalar o w64codecs em vez do w32codecs.

Equivalentes: Conheça softwares livres equivalentes aos programas que só rodam em Windows ou OS X.
http://wiki.ubuntu-br.org/ProgramasEquivalentes

Fontes TrueType: Fontes para utilizar em seus documentos.

Open source liberadas pela Red Hat: Uma coleção de fontes com métrica equivalente às proprietárias da Microsoft. Sans substitui Arial, Serif substitui Times New Roman e Mono substitui Courier New. Dois cliques para instalar.

http://www.rubixlinux.org/debian/ttf-liberation/ttf-liberation_2-1_all.deb

Proprietárias da Microsoft: Andale Mono, Arial Black, Arial, Comic Sans MS, Courier New, Georgia, Impact, Times New Roman, Trebuchet, Verdana e Webdings.

Aplicações > Acessórios > Terminal

sudo apt-get install -y msttcorefonts

Ícones no desktop: Computador, Home, Rede, Lixeira e Volumes.

Alt + F2, e digite: gconf-editor
Vá em apps > nautilus > desktop

Marque as caixas que desejar.

Temas: Para instalar um tema, primeiro baixe em http://www.gnome-look.org

Sistema > Preferências > Aparência

GTK 2.x = Controles
Metacity = Margem da Janela
Icon Themes = Ícones

É só arrastar o arquivo baixado para dentro da janela "Preferências do Tema".

GDM Themes = Sistema > Administração > Janela de início de sessão, aba "Local".
Também só é necessário arrastar o arquivo para a janela.

Documentação oficial: O Ubuntu possui uma documentação muito extensa e completa. O guia contempla uma introdução ao mundo Ubuntu, abordando comandos básicos, tarefas comuns e como configurar o sistema operacional. Para aqueles que estão iniciando no Ubuntu é uma leitura indispensável, imprescindível e o mais importante, acessível com apenas alguns cliques do mouse a partir do menu Sistema no seu desktop.

Sistema > Ajuda e Suporte

Complementos: Aprenda mais sobre o Ubuntu com esses três excelentes guias.
Este guia introdutório foi baseado neles, ainda há bem mais conteúdo nos três.

http://hamacker.wordpress.com/2007/11/07/ubuntu-paradise-um-ubuntu-perfeito-com-tudo-que-necessito/
http://gutocarvalho.net/mediawiki/index.php/Ubuntu_7.10_completo
http://www.guiaubuntupt.org/wiki/index.php?title=Ubuntu_gutsy

Depois de concorrente do Office, China lançará Linux em tibetano



Programadores da China, que já desenvolveram um software em tibetano para concorrer com o Microsoft Office, agora preparam uma versão do sistema operacional Linux no mesmo idioma.

O Neon-shine Tibet Office foi criado pela Universidade do Tibete, em Lhasa, e pela companhia CSCC (China Standard Software Corporation). Dirigentes do Ministério de Indústria da Informação apresentaram o programa, que também pode ser adquirido em chinês.

O Ministério de Indústria da Informação chinês destacou após apresentar o concorrente do Office que este ano será lançada a primeira versão do sistema operacional Linux em tibetano, assim como vários outros programas.

Além disso os programadores preparam produtos semelhantes em outros idiomas falados por minorias étnicas da China, como o mongol (usado na China com a sua escrita original, e não com o alfabeto cirílico, como acontece na Mongólia) e o uigur (língua turcomana falada na região de Xinjiang).

OLPC não entra em guerras e suporta XP e Linux


XO rodando Fedora Linux


A fundação One Laptop per Child e a Microsoft estão a trabalhar em conjunto para garantir que os PCs de baixo custo do projecto idealizado por Nicholas Negroponte vão dispor da Linux e Windows XP.

A confirmação foi dada pelo próprio Nicholas Negroponte que, em entrevista, deu a conhecer os planos para o futuro do XO. O responsável indica que o objectivo é tornar os equipamentos capazes de suportar dois sistemas operativos "tal como acontece nos computadores da Apple", escreve a ComputerWorld. A versão do Windows concebida para o efeito parece ser "muito rápida e bem sucedida" mas o objectivo "é trabalhar para embutir os dois sistemas".

Actualmente, o XO funciona exclusivamente com base no código-fonte Linux Fedora. Com o desenvolvimento do projecto em conjunto, espera-se que no futuro o computador seja compatível com o Windows XP.

OLPC América em marcha

Decidido a falar sobre os planos da sua organização, Nicholas Negroponte anunciou que este ano será criada a One Laptop per Child America. A fundação será responsável pela distribuição de computadores de baixo custo no território norte-americano, a estudantes com menor poder económico.

A decisão surge após várias críticas dirigidas à fundação não governamental por esta não incluir o próprio país na campanha a favor da info-inclusão. Posto isto, Nicholas Negroponte decidiu alargar o envolvimento do projecto e anunciou que a nova estratégia assentava em três pontos fundamentais. O primeiro prende-se com questões patrióticas, "afinal existem crianças pobres na América". O segundo motivo está relacionado com a construção de massa crítica através do "desenvolvimento da comunidade de produção de software".

Por fim, o último factor educacional da iniciativa foi o terceiro ponto a determinar a mudança estratégica da fundação já que, com esta abordagem ao mercado norte-americano, as crianças mais pobres do país também terão a oportunidade de desfrutar das novas tecnologias.

Até aqui, a OLPC não incluiu os Estados Unidos no programa por achar que o país tinha menos necessidade de info-inclusão do que as regiões a que se destinou inicialmente, isto porque o poder de compra nos diversos países é diferente.

Como exemplo, Nicholas Negroponte recordou que, enquanto uma família norte-americana despende 10 mil dólares por ano na educação primária dos seus filhos, uma família do Bangladesh com as mesmas necessidades acaba por gastar 20 dólares no mesmo período.

Por fim, o responsável do projecto indicou que a OLPC está também a trabalhar com a Microsoft na possibilidade de a fundação vir a combinar os seus computadores com os programas educacionais da Fundação Bill & Melinda Gate, levando-os aos países menos desenvolvidos.

Torvalds não usará GPL v3



Linus Torvalds, criador do Linux Kernel, não tem planos para licenciar o sistema sob a versão 3 da GNU GPL tão cedo.

Em entrevista concedida ao diretor executivo da Linux Foundation, Jim Zemlin, Torvalds, um crítico da GPL v3 enquanto estava no rascunho, afirma preferir a GPL v2.

Torvalds também disse que o Linux foi o projeto que separou claramente a “crença religiosa em liberdade”, apoiada pela Free Software Foundation, da superioridade técnica proporcionada pelo código aberto.

A entrevista é a primeira de uma série de conversas com grandes nomes do software livre que Zemlin vai divulgar em seu blog.

O código aberto está em constante revisão



Desenvolvimentos em código aberto, assim como os comerciais, tendem a conter uma brecha de segurança a cada mil linhas de código, segundo um programa para revisar e melhorar a segurança no código aberto, do Department of Homeland Security (órgão de segurança pública norte-americano).

Foram encontradas dezenas de vulnerabilidades em projetos populares como Samba, linguagens de programação PHP, Perl e Tcl, usadas para associar elementos de web sites, e o Amanda, software de backup e recuperação que roda em meio milhão de servidores.

Um total de 7,826 mil defeitos em projetos em código aberto foram corrigidos pela revisão do departamento, ou um a cada duas horas, desde que o programa foi lançado, em 2006, segundo David Maxwell, estrategista de código aberto da Coverity, fornecedora da ferramenta Prevent Software Quality System, que checa os códigos na revisão.

Ao mesmo tempo, projetos como o Samba foram habilitados ao ter as vulnerabilidades corrigidas, uma vez que foram identificadas. Foram encontrados 236 defeitos no Samba, um nível bem abaixo da média de 450 mil linhas de código. Dos 236 erros, 228 foram corrigidos, segundo Maxwell.

O Department of Homeland Security fechou um contrato de US$ 300 mil com a Coverity, em março de 2006, para revisar os códigos produzidos em 180 projetos em código aberto, muito dos quais são adotados frequentemente por desenvolvedores para aplicações e sites em projetos do governo norte-americano.

O Linux apresentou muito menos defeitos do que a média de projetos em código aberto. A versão 2.6 do kernel Linux tinha um nível de bugs de 127 por linhas de código. O mapeamento do kernel cobriu 3,63 milhões de linhas. Como as vulnerabilidades foram identificadas por repetidos mapeamentos, 452 defeitos foram corrigidos pelos desenvolvedores do kernel; 48 foram verificados mas ainda não estão corrigidos; outros 413 continuam a ser verificados e corrigidos, de acordo com os resultados publicados no site da Coverity.

O FreeBSD, citado eventualmente como uma alternativa ao Linux, foi mais lento ao responder ao mapeamento da Coverity. Em 1,582 milhões de linhas de código, nenhum foi corrigido, seis foram verificados e outros 605 estão na fila.

O servidor web Apache inclui quase 136 mil linhas de código, que apresentaram um nível de 14 bugs a cada mil linhas de código. Três foram corrigidos; sete foram verificados e 12 estão a espera.

O sistema de banco de dados PostgreSQL contém cerca de 900 mil linhas de código, com um nível de .041 defeitos. Foram corrigidos 53, nenhum foi verificado e 37 estão pendentes.

Alguns projetos em código aberto estão sendo mais rápidos em responder aos resultados da checagem da Coverity, segundo Maxwell. Cerca de 116 ou 180 projetos em revisão estão fazendo uso dos scans Prevent SQS e eliminando os bugs.

O projeto Firebird, por exemplo, está listado com 195 erros, sem nenhuma providencia a respeito. O Firefox, por outro lado, já corrigiu 370 bugs, verificou 56 e outros 246 já estão catalogados.

A biblioteca da Fundação do Software Livre, Gnu C Library, corrigiu 83 bugs e não deixou nenhum em aberto. Ela é utilizada por muitos programadores em código aberto que trabalham com Linux. É um dos poucos projetos que não apresentam erros em suas 588 mil linhas de código. Além disso, o projeto Amanda registra zero defeitos em suas 99 mil linhas, e também o courier-maildir, em 82 mil linhas.

As interfaces de usuários do Linux também passaram por uma revisão minuciosa. A interface KDE contém 4 milhões de linhas de código, já foram corrigidos 1,5 mil defeitos, verificados 25 e há apenas 65 para trabalhar. O Gnome contém 430 mil linhas de código, 357 arrumadas, 5 verificadas e 214 para corrigir.

O banco de dados em código aberto MySQL não foi incluído no mapeamento por razões que não ficaram claras.

A Open VPN, um modelo seguro de conexão com o escritório central, já teve verificado o único erro encontrado em suas quase 70 mil linhas de código, mas não foi corrigido ainda.

O OpenSSL corrigiu 24 bugs, verificou um e tem 24 sobrando em suas 221 mil linhas de código.

Saber o número de brechas de segurança encontradas em software populares não é incomum, afirma Maxwell. Os projetos em código aberto são diferentes dos produtos comerciais já que as companhias raramente revelam vulnerabilidades encontradas ou já corrigidas nos códigos. “Nossos clientes comerciais não gostariam muito se disséssemos os números de erros encontrados em seus códigos”, diz Maxwell, quando perguntado sobre os resultados dos mapeamentos de 400 linhas de produtos de clientes particulares da companhia.

Red Hat e Sun firmam acordo de cooperação




A Red Hat anunciou hoje a assinatura de um acordo de colaboração com a Sun Microsystems para atuar no desenvolvimento da tecnologia Java open source. O acordo cobre a participação de todos os engenheiros da Red Hat em todos os projetos open source liderados pela Sun.

Além disso, a Red Hat assinou o acordo de licença TCK, da comunidade OpenJDK da Sun. Esse acordo oferece à empresa acesso a suíte de testes que avalia se uma implementação da plataforma Java Standart Edition (Java SE), que deriva do projeto OpenJDK, está de acordo com as especificações Java SE 6.

A Red Hat é o primeiro grande provedor de software a licenciar o Java SE Technology Compatibility Kit (TCK), apoiando a compatibilidade à Java SE. Para ajudar a fomentar as inovações e avanços no ecossistema da tecnologia Java, a Red Hat também compartilhará as contribuições de seus desenvolvedores com a Sun, como parte da comunidade OpenJDK. Esses acordos preparam o terreno para a Red Hat criar um Java Development Kit (JDK) totalmente compatível com o Red Hat Enterprise Linux, incluindo o Java Runtime Enviroment (JRE).

Como colaboradora, a Red Hat terá acesso total ao código base do OpenJDK, assim como ao Java SE 6 TCK para eventualmente disponibilizar um JRE para o Red Hat Enterprise Linux, o que vai aprimorar significativamente as aplicações Java. Os clientes da Red Hat se beneficiarão de um ambiente Linux. altamente otimizado e com runtime acelerado para o JBoss Enterprise Middleware.

Um dos primeiros benefícios do acordo é o alinhamento com o projeto IcedTea, que une as tecnologias Fedora e JBoss.org em um ambiente Linux. O IcedTea fornece alternativas de software livre para as poucas seções proprietárias restantes no projeto OpenJDK.

Em novembro, a divisão Middleware LLC da Red Hat foi reeleita pelos membros do programa Java Community Process (JCP) para o Comitê Executivo da Standart/Enterprise Edition. A Red Hat será um membro com direito a voto por três anos, ajudando a direcionar a evolução da tecnologia Java. A companhia atualmente lidera a Web Beans Expert Group (JSR-299) e no passado fez contribuições importantes para especificações como o Enterprise JavaBeans 3.0 (JSR-220).
w

Linux: seis distribuições para usuários que querem usar o sistema no desktop


Nunca houve um período mais propenso para que usuários leigos com curiosidade sobre o Linux se aventurassem pelas bandas do código livre.

Recém-lançado, o novo Windows Vista, além de carregar uma pesada etiqueta de preço, exige configurações muito mais sofisticadas que as máquinas de usuários brasileiros.

Aliado a isto, as distribuições estão adotando posturas ainda mais didáticas, o que torna ações como o programa Computador para Todos, do Governo Federal, um enorme empurrão para o sistema.

Até mesmo a tradicionalmente radical comunidade entusiasta vem trocando seu fervor por uma postura mais tolerante e simpática a quem vê o Linux com desconfiança.

Antes de tomar o primeiro passo, é bom que o usuário tenha claro que, por mais que se pareçam graficamente com o Windows, sistemas em Linux ainda trazem diferenças substancias em relação ao sistema da Microsoft.

A diferença, caro leitor, não é ruim. O esforço em se adaptar a novos comandos (bastante simples) deve compensar para usuários cansados com vírus e lentidões, por exemplo.

A seleção detalhada pelo IDG Now! segue a pesquisa de popularidade realizada entre a comunidade Linux pelo blog BR-Linux, com a exclusão do Slackware, distribuição apontada como técnica demais para usuários leigos.

A relação abaixo incluiu também dois sistemas pagos não presentes na seleção do BR-Linux: o Dual OS (ex-Freedows) e o Mandriva Linux 2007.


Red Hat Fedora

Quando chegar aos colégios do terceiro mundo no segundo semestre deste ano, o XO, conhecido como “notebook de 100 dólares”, introduzirá os alunos no Linux por meio da interface Sugar, adaptação que a Red Hat vem fazendo do seu Fedora.

Aposta da Red Hat no mercado de desktop domésticos após o fim do Red Hat Linux, o Fedora está em sua sexta versão estável, com previsão de lançamento da sétima ainda para 2007.

Ainda que não traga a mesma riqueza de aplicativos que distribuições como o Ubuntu, o Fedora é popular o suficiente para contar com uma extensa biblioteca de aplicativos.

A própria Red Hat promete enriquecer os softwares integrados ao Fedora, que vem acompanhado pelo pacote OpenOffice, o navegador Firefox e o editor de imagens Gimp, na versão 6.

Ainda assim, a interface Gnome do Fedora 6 oferece muitas das mesmas funções de navegação presentes no Windows.

Caso queria testar o sistema sem apelar para o Live CD, o Fedora 6 pode ser instalado no disco rígido do usuário a partir do próprio Windows, oferecendo uma ferramente no boot onde o usuário escolhe qual sistema será carregado.


Ubuntu

O Ubuntu se assume inteiramente voltado a usuários leigos a começar pelo seu mote - “Linux para seres humanos”. Lançado pelo sul-africano Mark Shuttleworth em 2004, o Ubuntu se apóia na interface gráfica Gnome para atrair atenção dos iniciantes.

Quem está acostumado com a interface do Windows não deve ter dificuldades em se guiar pelos menus na barra superior da sua área de trabalho, que leva aos aplicativos e configurações do sistema.

Melhor: funções de acessibilidade, como teclado na tela e pronúncia oral de comandos são habilitados como padrão, o que o torna uma opção ainda mais vantajosa para usuários com necessidades específicas.

Outro atrativo para quem nunca usou Linux é a presença nativa de softwares como o pacote corporativo OpenOffice, o comunicador Gaim, o editor de imagens Gimp e o navegador Firefox, que emulam muito bem as principais funções presentes no Windows.

Caso queira, a instalação padrão do Ubuntu ainda permite que o usuário habilite diversos outros softwares multimídia e para internet sem o trabalho de baixar e instalar pacotes - mesmo bastante simples, o Ubuntu instala aplicativos de uma maneira bem diferente do Windows.

Com ótimo desempenho até mesmo em máquinas enxutas, o Ubuntu ainda permite a criação de diferentes áreas de trabalho para o usuário - algo que a Apple pretende integrar ao seu Mac OS X 10.5, prometido para este ano.


Kurumin

Apresentado como “uma das distribuições Linux mais fáceis de usar”, o Kurumin é o melhor exemplo de distribuição desenvolvida no Brasil dentro de um setor dominado por softwares estrangeiros.

Criado e atualizado pela comunidade Guia do Hardware, o Kurumin se mostra amigável ao usuário graças à sua interface KDE (K Desktop Environment) com pequenos ajustes para parecer ainda mais com o sistema Windows.

Se antes apostava na portabilidade de CDs em miniatura distribuídos com o sistema, o Kurumin resolveu integrar softwares, como o pacote OpenOffice e o aplicativos de virtualização VMWare, a ponto do Kurumin 7 ocupar uma mídia inteira.

E que mal há nisto? Nenhum. Pelo contrário. Aliada aos chamados “ícones mágicos”, a função de instalação de novos programas no Kurumin saiu na frente de outras distribuições pela ótima exploração de recursos gráficos.

Outra vantagem é a possibilidade de usar o Kurumin pelo Live CD, assim como o Ubuntu. Ao invés de instalar no HD, o usuário pode experimentar o Kurumin a partir do drive do PC.


Mandriva

A francesa Mandrakesoft comprou a Conectiva em 2005 e, além de mudar o nome para Mandriva, incorporou a seu sistema operacional muito da usabilidade para usuário final da empresa curitibana que revelou Marcelo Tosatti ao mundo.

Mais recente distribuição da empresa, o Mandriva Linux 2007 continua a apostar na pluralidade de maneiras de chegar ao usuário final.

Não bastasse a versão gratuita, o Mandriva Linux pode ainda ser encontrado em memory keys (uma mão na roda para quem precisa usar PCs públicos sem Linux) ou nos seus três pacotes pagos.

Pagar por Linux? Sim, e com gosto. Como paga taxas referentes a plug-ins proprietários que rodam aplicações multimídia, os pacotes PowerPack (79 euros), PowerPack+ (179 euros) e Discovery (49 euros) chegam redondinhos ao usuário final - tocar DVDs, emular games para Windows e suportar novos modos de exibição exigem configurações nem tão simples do usuário.

Com visual parecido ao Ubuntu graças à interface Gnome ou no modo padrão de exibição com KDE, a versão gratuita traz navegação simples e acompanha os softwares Mozilla Firefox, OpenOffice, Gimp, AmaroK, KMPlayer, Ekiga.


Dual OS
Em 2002, a Microsoft processou a desenvolvedora por trás do sistema operacional Lindows alegando que o software de código aberto era exageradamente copiado do Windows.

Quase três anos depois, o processo terminou com a Microsoft pagando uma multa e o sistema renomeado como Linspire.

Considerando esta história, é um grande mistério como a mesma Microsoft também não correu para acionar os desenvolvedores do Dual OS (150 reais), sistema operacional em Linux com interface claramente copiada do Windows.

A interface do desktop do Dual OS é idêntica ao Windows XP, com direito a Menu Iniciar, barra de tarefas com relógio e até ícones muito parecidos aos desenhados pela Microsoft.

Por este motivo, o Dual OS é uma bela ponte para quem quer migrar para Linux sem muito esforço em se adaptar a novas funções e comandos - um dos possíveis motivos pelos quais foi incluído no programa Computador para Todos.

Junto ao Dual OS, o usuário pode usar o DualOffice, pacote corporativo com aplicações abertas que imitam com fidelidade assustadora o Word, Excel e PowerPoint, do pacote Office, da Microsoft.

Assim como o Madriva Linux 2007, o Dual OS vem com funções multimídia e de navegação completamente configuradas por ser pago.


Debian

Em uma comparação rasteira, o Debian está para o Ubuntu como o Netscape está para Firefox.

O sistema em Linux nascido na homenagem de um programador à sua namorada hoje serve de base para outras distribuições, como a popular Ubuntu.

Aliado à extensa lista de ferramentas disponíveis para programadores, o Debian serviu de ponto de partida também para dezenas de outras distribuições que exploram sua estabilidade e as interfaces amigáveis KDE ou Gnome.

Graças à sua longevidade (a primeira versão do Debian foi lançada em 1996), o Debian goza de popularidade entre a comunidade Linux principalmente por sua estabilidade e pela vasta biblioteca de aplicativos disponível.

Linux deve ganhar espaço em celular em 2008, diz Torvalds


Por Sami Torma

HELSINQUE (Reuters) - O sistema operacional Linux, que até hoje teve pouco sucesso em telefones celulares, deve ter maior alcance entre os aparelhos no próximo ano, ajudado pelo interesse do Google no setor de telefonia móvel, disse o criador do Linux, Linus Torvalds.

Fornecedores do Linux lucram com a venda de melhorias e serviços técnicos, e o sistema operacional compete diretamente com o Windows, da Microsoft, que cobra pelo software e se opõe à distribuição pública de seu código.

O finlandês Torvalds, que criou o Linux original no começo dos anos 1990 e colocou o código na Internet para que outros pudessem melhorá-lo, ainda supervisiona o desenvolvimento do sistema operacional.

A britânica Symbian, que tem quase 50 por cento de sua propriedade nas mãos da Nokia, é a líder do setor de sistemas operacionais para aparelhos móveis, seguida pelo Windows Mobile, da Microsoft.

Mas no mês passado o Google, líder de buscas na Internet, disse que oferecerá uma plataforma de software, programada em Linux, para tornar o uso da Internet em telefones celulares tão suave como nos computadores pessoais.

"Eu não estou pessoalmente envolvido, mas certamente parece que 2008 pode ser, graças ao Google Alliance, um dos anos em que se poderá encontrar mais telefones com Linux", disse Torvalds à Reuters em entrevista nesta sexta-feira.

O Google está trabalhando com a Motorola e outras grandes do setor, como a operadora T-Mobile e a fabricante de chips Qualcomm, para desenvolver uma plataforma de software aberto chamado "Android" para aparelhos móveis.

Torvalds disse que a Motorola é uma das primeiras fabricantes a lançar telefones com Linux, principalmente na China e também nos Estados Unidos.

FONTE: http://br.reuters.com