Como será o Linux em 2012 - parte 4: virtualização, servidores e conclusão


Aplicações baseadas em web dominam e a virtualização progride. Confira a última matéria da série sobre o futuro do sistema operacional

Especialistas da InformationWeek EUA em código aberto prevêem o futuro do Linux: até 2012 o sistema operacional terá amadurecido, tendo três modelos básicos de uso. As aplicações baseadas em web dominam, a virtualização progride e as linhas de comando para acesso às configurações básicas do sistema são coisas do passado. Como será o desktop Linux daqui quatro anos? Em uma série de quatro reportagens (até sexta-feira, 22/09), o IT Web revela uma visão especulativa de como o Linux poderá ser daqui a quatro anos. Confira a quarta e última parte da matéria:

Virtualização
A virtualização no kernel - seja na forma de KVM ou Xen - tornará o Linux muito mais fácil de ser usado ao lado de outros sistemas operacionais, tanto como uma maneira de migrar sem problemas de uma instalação do Windows quanto um modo de expandir as próprias funções do Linux ( por exemplo, rodar múltiplos kernels, cada um para uma necessidade). Outra opção é permitir que as aplicações do Windows rodem lado a lado com as aplicações do Linux, usando uma máquina virtual com contêiner e permitindo a função recortar-colar entre os dois sistemas. Para os não-iniciados, será imperceptível o que é Windows e o que é Linux, que é o que temos hoje com o Wine, mas usando uma máquina virtual (MV) como wrapper propiciaria muito mais flexibilidade. Usar MVs também tornaria possível permitir que projetos como o ReactOS funcionasse como um contêiner de Windows sob esse método.

Linux nos servidores
É quase uma tolice esperar que o domínio do Linux na área de servidor irá diminuir. É nesta área que ele se dará melhor. Todos os sinais apontam que isto só tende a melhorar. Mas a real questão é de que forma?

A maioria das respostas está, novamente, na virtualização. A mutabilidade do Linux permite que seu uso se volte não apenas para plataforma de servidor, como também para monitor de máquina virtual e contêiner para outros sistemas operacionais. Há mais de uma maneira de se fazer isto - o KVM e o Xen são os principais contendores, mas as funções de ambos se destacam de formas diferentes e são, provavelmente, mais indicados para diferentes tipos de trabalho.

O Xen é melhor para rodar o mais próximo possível do bare metal, mas o KVM permite que uma função particular do Linux sirva como contêiner para outros sistemas operacionais. Assim, nos próximos quatro anos, a pergunta não será "qual deles é o melhor" e sim "quem usa qual pra quê".


Conclusão
Compare o Linux de hoje e o de quatro anos atrás para ter uma idéia do que virá nos próximos quatro anos. As diferenças entre o Linux atual e o do passado estão não apenas na diversidade, mas também no modo como consolidou sua força como plataforma de servidor, sistema operacional para dispositivos portáteis e no mercado emergente de hardware.

Referência: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=50587