Como será o Linux em 2012 -parte 3: armazenamento e configurações do sistema


Aplicações baseadas em web dominam e a virtualização progride. Confira série de quatro matérias sobre o futuro do sistema operacional

Especialistas da InformationWeek EUA em código aberto prevêem o futuro do Linux: até 2012 o sistema operacional terá amadurecido, tendo três modelos básicos de uso. As aplicações baseadas em web dominam, a virtualização progride e as linhas de comando para acesso às configurações básicas do sistema são coisas do passado. Como será o desktop Linux daqui quatro anos? Em uma série de quatro reportagens (até sexta-feira, 22/09), o IT Web revela uma visão especulativa de como o Linux poderá ser daqui a quatro anos. Confira a terceira parte da matéria:

Armazenamento
Quando este artigo foi escrito (entre julho e agosto/2008), um drive de 1 terabyte para o consumidor doméstico chegou ao mercado por US$ 175. Em quatro anos, facilmente, 1 terabyte custará a metade disso e um servidor de mídia doméstico com alguns terabytes disponíveis não estará fora de questão. Uma maneira de organizar todo este espaço seria usando sistema de arquivo ZFS, em código aberto da Sun, que permite crescimento e gerenciamento fácil de sistemas de arquivos.

Até o momento, a licença de uso do ZFS permite seu uso apenas no espaço de usuário do Linux - o que não é uma barreira, mas é possível que daqui quatro anos a Sun permita que o ZFS seja licenciado para ambiente amigável ao GNU como um complemento Kernel. É possível também rodar o ZFS em uma implementação do OpenSolaris, como o Nexenta, junto com todas as suas outras aplicações Linux-y favoritas.

Configuração do sistema
Seria muito otimismo pensar que em 2012, as linhas de comando para as configurações básicas do sistema Linux será coisa do passado? Espera-se que sim, especialmente em se tratando de configuração de tela, que deveria ser detectada e configurada automaticamente. Isso é crucial se o Linux pretende fazer progresso com usuários regulares, embora o uso de Linux em dispositivos como netbooks, que têm o hardware como um fator previsível e controlável, ajude.

Se existe algum problema de configuração de sistema que divide os devotos do Linux, é o gerenciamento de package - como lidar com a riqueza de softwares instalados em uma distribuição do Linux. Seria ilusório esperar que todas as distribuições se juntassem em um só sistema de gerenciamento de package que abordasse todas, principalmente porque cada distribuição tende a aliar-se apenas com seu próprio sistema de gerenciamento de package. Dito isso, o uso de algum gerenciador de package, como o PackageKit, como um front-end neutro de packaging para uma distribuição, pode ajudar a facilitar as transições.

O projeto de gerenciamento de package Conory também oferece algumas possibilidades que merecem uma adoção mais ampla, como a habilidade de baixar e aplicar mudanças somente em pacotes específicos. E isso economiza banda, o que pode ser um bônus os usuário do Linux em países em que a banda larga é escassa.

Referência: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=50584