Canonical, do Ubuntu, oficializa operações no Brasil


Poucos meses após montar uma equipe local de desenvolvimento, a Canonical, do Ubuntu — uma das mais populares versões do sistema operacional Linux para servidores e desktops, com mais de dez milhões de usuários no mundo — anuncia sua estrutura comercial no País, que será responsável por toda a operação da companhia na América Latina.

À frente do escritório (por enquanto) virtual e dos sete programadores está Fábio Filho, gerente de negócios. A equipe também inclui um engenheiro-chefe que se reporta diretamente à matriz, em Londres (Reino Unido), e um desenvolvedor alocado no Chile. Há vagas para pré-vendas e suporte técnico. A empresa ainda está em fase embrionária, mapeando a região, e só terá uma estrutura física de acordo com a demanda. "Nosso foco estará no Brasil, que é o sexto país do mundo que mais baixa o Ubuntu. São cerca de 50 mil downloads por mês", afirma o executivo.

A Canonical iniciou sua expansão pelo BRIC em 2005, começando por Rússia e Índia. Aqui, uma das idéias é replicar as parcerias que a companhia possui em outros países. Como o acordo comercial com a Dell, que vende máquinas com o sistema operacional instalado e homologado nos Estados Unidos, França e Alemanha. Já a parceria com a Intel, que inclui o acompanhamento do roadmap de lançamentos de chips para garantir a compatibilidade e usabilidade do software em qualquer plataforma, possui escopo mundial — portanto, é válida aqui também.

"Queremos replicar esse modelo por aqui. Por isso, estamos conversando com fabricantes para aumentar nossa fatia no mercado", explica Filho, indicando que a Positivo faz parte da lista. "Os grandes OEMs estão na nossa mira, pois sabemos que muitas máquinas vêm com Linux apenas para baratear o preço, e as pessoas acabam não usando. Já o usuário do Ubuntu costuma manter o sistema. Queremos mostrar que se trata de uma plataforma realmente utilizável."

Os planos da Canonical incluem a disseminação do sistema em grandes corporações e órgãos do governo, sempre de forma gratuita, incluindo as atualizações. A monetização virá por meio da prestação de serviços. A expectativa é que a entrada oficial no mercado ocorra até meados de 2008.

Fonte: http://www.decisionreport.com.br