Ícones do software livre e da cibercultura se apresentam no Campus Party


Os dois palestrantes internacionais do Campus Party Brasil se apresentaram no palco principal do evento nesta quinta-fera (14). Os encontros tiveram boa presença de público, mas sofreram interferência do som de outras palestras e oficinas que aconteciam nas proximidades ao mesmo tempo.

Logo depois de um tenso debate entre jornalistas blogueiros e profissionais da “grande imprensa”, Jon “Maddog” Hall, considerado o papa do software livre, subiu ao palco e defendeu alternativas de aplicativos baseados em Linux.

Jon, idolatrado pela comunidade de desenvolvimento, destacou o software livre como meio de incentivar economias locais e economizar gastos, empregando programadores que podem se beneficiar do conhecimento compartilhado de programas com o código aberto.

Depois da palestra, “Maddog” desceu do palco e conversou com os presentes. O intenso assédio levou a organização do Campus Party a anunciar uma nova sessão de perguntas e respostas com o norte-americano, com data a ser definida nesta sexta (15).

O convidado especial da palestra seguinte foi Steven Johnson, autor de livros sobre cibercultura como “Cultura da interface” e “Everything bad is good for you” (“Tudo que é ruim faz bem para você”, em tradução livre, sem edição em português). Os brasileiros Juliano Spyer e Suzana Herculano dividiram a mesa e também participaram da sessão de perguntas e respostas.


Johnson citou o jogo “Civilization” como exemplo de novas interfaces que estimulam o cérebro e devem ser estudadas para melhorar os sistemas de educação. Em “Civilization”, o jogador administra uma nação e participa da evolução dela através das eras. O autor encarou com bom humor o barulho dos eventos que aconteciam perto do palco principal, incluindo comemorações em uma competição de games: “É como dar uma palestra em um estádio de futebol”.


Depois do encerramento, Johnson foi para a sessão de autógrafos de seus dois novos livros lançados no Brasil: “De cabeça aberta: conhecendo o cérebro para entender a personalidade humana” e “O mapa fantasma: como a luta de dois homens contra o cólera mudou o destino de nossas metrópoles”.