Ubuntu | |
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Ambiente de trabalho do Ubuntu 7.10 Desktop | |
Desenvolvedor: | Canonical Ltd / Fundação Ubuntu |
Família do SO: | Linux / Debian |
Modelo do desenvolvimento: | Código aberto |
Última versão: | 7.10 (Gutsy Gibbon) |
Data da última versão: | 18 de Outubro de 2007 |
Kernel: | Kernel monolítico |
Interface: | GNOME |
Interface: | iu |
Licença: | GNU GPL e outras licenças |
Estado do desenvolvimento: | ativo |
Website: | www.ubuntu.com |
Ubuntu é um sistema operacional br./sistema operativo pt. Linux baseado na distribuição Debian. É patrocinado pela Canonical Ltd (dirigida por Mark Shuttleworth) e o seu nome deriva do conceito sul africano Ubuntu (pronuncia-se /ùbúntú/ - u-BÚN-tu; IPA: /uˈbuntu/), diretamente traduzido como "humanidade para com os outros". Diferencia-se do Debian por ser lançado semestralmente, por disponibilizar suporte técnico nos dezoito meses seguintes ao lançamento de cada versão (em inglês) e pela filosofia em torno de sua concepção.
A proposta do Ubuntu é oferecer um sistema operativo que qualquer pessoa possa utilizar sem dificuldades, independente de nacionalidade, nível de conhecimento ou limitações físicas. A distribuição deve ser constituída totalmente de software gratuito e livre, além de isenta de qualquer taxa. Actualmente uma organização cuida para que cópias sejam remetidas em CDs para todo o mundo sem custos.
A Comunidade Ubuntu ajuda-se mutuamente, não havendo distinção de novatos ou veteranos; a informação deve ser compartilhada para que se possa ajudar quem quer que seja, independentemente do nível de dificuldade.
Há vários meses a distribuição Ubuntu está em primeiro lugar no Distrowatch , site especializado em catalogar o desempenho e uso das milhares de distros Linux.
Em 8 de julho de 2005, Mark Shuttleworth e a Canonical Ltd anunciaram a criação da Fundação Ubuntu e providenciaram um aporte inicial de dez milhões de dólares. A finalidade da fundação é garantir apoio e desenvolvimento a todas as versões posteriores à 5.10.
Características
- Novas versões do Ubuntu são lançadas com um intervalo aproximado de um mês após os lançamentos do GNOME.
- Um dos focos principais é a usabilidade[2], incluindo o uso da ferramenta sudo para tarefas administrativas (similar ao Mac OS X) procurando oferecer uma gama de recursos completa a partir de uma instalação padrão.
- Acessibilidade e internacionalização, permitindo a utilização do sistema pelo maior número de pessoas possível. A partir da versão 5.04, a codificação de caracteres padrão é o UTF-8 (permitindo a utilização de caracteres não utilizados no alfabeto latino). O projeto visa também a oferecer suporte-técnico nos idiomas de seus usuários.
- Além das ferramentas de sistema padrão e outros aplicativos menores, o Ubuntu é oferecido com diversos programas pré-instalados que atendem as funcionalidades básicas, entre os quais estão a suite de aplicativos OpenOffice.org, o navegador de internet Firefox e editor de imagens GIMP. Programas para visualizar conteúdos multimídia, clientes de email e jogos simples completam a distribuição básica.
- O Ubuntu possui uma forte ligação com a comunidade Debian, contribuindo directa e imediatamente qualquer modificação nos códigos-fonte, ao invés de apenas anunciar essas mudanças em uma data posterior. Muitos programadores do Ubuntu mantêm pacotes chave do próprio Debian.
- Todas as versões do Ubuntu são disponibilizadas sem custo algum. Cópias em CD do Ubuntu são enviadas gratuitamente para quem as solicitar, e estão disponíveis para cópia na internet.
- O visual padrão até a versão 5.10 caracteriza-se pela utilização de tons de marrom (ocre em Portugal)[5], a versão 6.06 (Dapper Drake), no entanto, passou a usar um padrão de cores mais próximo do laranja.
- A gestão de instalação de software é realizada pelo APT e pelo Synaptic.
- O Ubuntu cabe em um único CD e é oferecido como um Live CD que pode ser utilizado para uma instalação permanente. O Live CD é utilizado por muitos usuários a fim de testar a compatibilidade de hardware antes de instalar o sistema.
Lançamentos
Uma nova versão do Ubuntu é lançada semestralmente, e cada lançamento tem um nome de código e um número de versão. O número de versão é baseado no ano e no mês de lançamento. Por exemplo o Ubuntu 4.10 foi lançado em Outubro de 2004. Abaixo está uma lista dos lançamentos anteriores e os lançamentos planejados.
Versão | Data de lançamento | Nome de código |
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4.10 | 20 de outubro de 2004 | Warty Warthog |
5.04 | 8 de abril de 2005 | Hoary Hedgehog |
5.10 | 13 de outubro de 2005 | Breezy Badger |
6.06 LTS | 1º de junho de 2006 | Dapper Drake |
6.10 | 26 de outubro de 2006 | Edgy Eft |
7.04 | 19 de Abril de 2007 | Feisty Fawn |
7.10 | 18 de Outubro de 2007 | Gutsy Gibbon |
8.04 LTS | Planejada para Abril de 2008 | Hardy Heron |
A versão atual é a 7.10, também conhecida por "Gutsy Gibbon", e está disponível para download gratuito para as arquiteturas x86, PowerPC (utilizada nos computadores Apple até 2005/2006) e x86-64 (conhecido também como AMD64 ou EM64T). Qualquer uma das versões ocupa apenas um CD, o que torna esta distribuição Linux muito fácil de copiar. A atualização e instalação de mais programas poderá ser realizada via ligação internet, num processo fácil e em ambiente gráfico.
Para quem pretenda experimentar o Ubuntu Linux sem o instalar no disco rígido, o sistema corre/roda como um Live CD diretamente do CD, sem necessidade de ser instalado. Pode-se instalá-lo a partir de um pen drive também. Estes modos são mais lentos e destinam-se essencialmente a proporcionar um primeiro contato com o Linux, seus programas incluídos e saber quais programas podem ser eventualmente instalados; além de ser útil para manutenção de hardware. A partir da versão 6.06, este disco pode ser utilizado para se instalar definitivamente no computador.
Há a possibilidade de ser solicitada gratuitamente uma versão via CD caso o usuário não tenha como obtê-la via internet, bastando um rápido cadastro na página de solicitação para fazer o pedido.
Projetos derivados
Além da distribuição principal, algumas distribuições derivadas do Ubuntu são oficialmente reconhecidas:
- Edubuntu, uma distribuição desenvolvida para o uso em escolas.
- Kubuntu, versão do Ubuntu que utiliza o ambiente gráfico livre KDE.
- Xubuntu, Ubuntu Linux para computadores menos potentes, utilizando o ambiente gráfico Xfce.
- Gobuntu, Ubuntu Linux somente com software livre, utilizando o ambiente gráfico Gnome.
- Fluxbuntu, Ubuntu Linux para computadores menos potentes, utilizando o ambiente gráfico FluxBox.
- o Ubuntu Studio, para edição e criação de conteúdos multimédia.
Além desses, Mark Shuttleworth aprovou a criação de uma distribuição que usa exclusivamente software livre aprovado pela FSF, a gNewSense .
Estes projetos estão ligados oficialmente ao Ubuntu, com lançamentos simultâneos e compatibilidade de pacotes, obtidos dos mesmos repositórios oficiais.
Existem ainda vários derivados "não-oficiais", entre os quais estão o nUbuntu (distribuição com várias ferramentas de segurança), o Ubuntu Lite (uma distribuição para computadores antigos), o zUbuntu (conversão do Ubuntu para os mainframes zSeries da IBM), o Gnoppix (um LiveCD derivado do Ubuntu) o Linux Mint, o Ubuntu Christian Edition e o Ubuntu Muslim Edition.
Espalhou-se o boato que o Google estava desenvolvendo um derivado do Ubuntu chamado Goobuntu, e que iria vendê-lo. A empresa confirmou a criação dessa versão modificada, mas deixou claro que não tem planos para distribuí-la fora da companhia.
Em Maio de 2007, Mark Shuttleworth anunciou que a Canonical iria dar início ao desenvolvimento do projecto "Ubuntu Mobile & Embedded Initiative" em parceria com a Intel. Este sistema é uma versão do Ubuntu destinada a equipar telemóveis e outros gadgets. De acordo com o referido anúncio, o Ubuntu Mobile poderá ser lançado em Outubro de 2007, conjuntamente com a versão 7.10 do Ubuntu.
Além de há vários meses se encontrar em primeiro lugar no DistroWatch, o Ubuntu contou ainda durante o primeiro semestre de 2007 com situações de migração ou adopção por parte de organizações e entidades de renome. As duas situações mais divulgadas são o da fabricante internacional de equipamento informático Dell que adoptou, em Maio, o Ubuntu como a distribuição Linux seleccionada para equipar os seus computadores desktop e notebook destinados aos usuários finais; e o anterior anúncio, em Março, por parte do Parlamento francês de que em Junho de 2007 iria dar início à migração de toda a sua rede informática (máquinas clientes e servidores, num total de cerca de 1.154 máquinas) para o Ubuntu Linux, com ênfase no uso da suite OpenOffice e do browser Firefox por parte dos utilizadores do Parlamento (577 Deputados).