“Não venderemos nossa alma como fez a Novell”, diz executivo da Red Hat

180px-red_hat_image002Durante a apresentação do sistema operacional corporativo RHEL5 (Red Hat Enterprise Linux 5), da Red Hat, Gabriel Szulik, general manager da empresa para a América Latina, fez uma declaração polêmica em relação ao acordo de interoperabilidade entre a Microsoft e Novell. Segundo ele, a Red Hat “não venderá a alma como fez a Novell”.
De acordo com Julián Somodi, gerente geral da Red Hat para a América do Sul, a companhia vende valor e não preços. Segundo ele, a Red Hat não tem motivos para entrar numa guerra de preços independente do acordo entre a Novell e a Microsoft. “Somos os primeiros do mercado e temos como clientes algumas das principais empresas e governos do mundo. Não há por que iniciarmos uma guerra de preços.”

Segundo Szulik, a Red Hat está aberta com à discussões de parcerias com outras empresas. No entanto, para Szulik, tem de haver uma colaboração mútua. “Se a Microsoft está interessada em interoperabilidade, eles têm de abrir suas principais plataformas como o Office, ao Linux. E eles não parecem interessados.”. Para complementar a polêmica, o executivo da Red Hat disse que “a Microsoft não detém nem mesmo 10% das patentes de softwares no mundo. Empresas como IBM e Philips detém um número de patentes bem maior e são parceiras da Red Hat”.

Acordo entre Microsoft e Novell

Assinado no início de novembro, o acordo prevê a distribuição, em cinco anos, de 350 mil sistemas operacionais SUSE Linux para a base de clientes que já usam Windows. O objetivo da empreitada é atender a demanda de usuários de tecnologia da informação que manifestaram interesse em rodar tanto Linux quanto Windows com interoperabilidade garantida.

Quando o acordo entre as empresas foi assinado, ficou combinado que tanto a Microsoft quanto a Novell não entrariam com processos contra consumidores que usassem os produtos de ambas as empresas em suas máquinas. O efeito do acordo, segundo comunicado da Novell, era dar liberdade para que os consumidores pudessem pedir suporte para ambas as empresas caso tivessem dificuldades na operação dos sistemas.